Impotência

Incapacidade de ter relação sexual.
Falta de Capacidade de ambos os sexos.
Significa Incapacidade e, no caso, Incapacidade masculina para a cópula, ou seja, Dificuldade para conseguir, ou manter, a Ereção adequada para o êxito da relação sexual. Há, do ponto de vista médico-legal, dois tipos de Impotência: a chamada coeundi (CID10 – F52.2) e a generandi (CID10 – N46). Na primeira, o coito é impossível e, na segunda, embora possa ocorrer, ele é Estéril. Essa expressão não inclui os casos em que não há orgasmo, nem ejaculação, ou seja, o chamado coito seco. Várias são as causas que podem determiná-la, sendo predominante a psicológica, responsável pela maioria dos casos. Nas demais, os fatores da esfera psíquica são supervenientes e agravam o quadro ou, em certas circunstâncias, chegam a desencadeá-las.
Causas orgânicas - há um contingente, embora pequeno, de casos de Impotência de Causa exclusivamente circulatória, em que as artérias que mantêm o fluxo sangüíneo estão estenosadas ou obstruídas. As lesões arteriais dessa natureza, localizadas na aorta, ilíacas comuns, hipogástricas e pudendas, internas e externas, podem ser responsáveis pelo quadro. Leriche, no início do século, na descrição da Síndrome que leva seu nome - a Obstrução arteriosclerótica da Bifurcação da Aorta, registra para o homem, além dos vários outros sintomas, também o da Impotência. A Claudicação intermitente, com dor nas nádegas ou nas raízes das coxas, é uma das freqüentes manifestações associadas à Impotência. Outros problemas orgânicos devem ser lembrados: Fratura da bacia, operações retroperitoniais, tumores retroperitoniais, rotura da uretra, certas lesões nervosas, Insuficiência renal, doenças hepáticas, processos inflamatórios particularmente de Órgãos do Aparelho urogenital, prostatectomia, fimose, hidrocele, priapismo, doenças de Peyronie, Fibrose testicular, enfisema, doenças infecciosas em geral, Diabetes mellitus, tumores testiculares feminilizantes de células intersticiais, obesidade, tireotoxicose, algumas doenças neurológicas.
Tratamento – é restrito e fica limitado exclusivamente aos casos de estenoses ou obstruções segmentares das artérias que levam o Sangue aos corpos cavernosos. A desobstrução através da Arterioplastia ou, eventualmente, com Ponte de safena ou de substitutos arteriais contornando a zona obliterada, pode restabelecer as condições prévias de Ereção. Enquanto o papel da Circulação arterial é preponderante no mecanismo da ereção, o mesmo não acontece com o da Circulação venosa, que quase é irrelevante. Não há comprovação de que se possa melhorar a Ereção dificultando cirurgicamente a Drenagem do Sangue do pênis, mesmo no Caso de se admitir a existência da Fuga venosa. A inclusão de Prótese tem dado excelentes resultados quando bem indicada. Tratamento clínico é de grande esperança com os modernos Medicamentos a disposição.
Operação que pode causar dúvidas – um dos tratamentos de Doença isquêmica dos membros inferiores é a operação que retira a cadeia simpática lombar bilateral. Para esclarecimento da matéria deve-se considerá-la no contexto sexual masculino, compreendendo a libido, a ereção, o orgasmo e a Ejaculação. Esta depende do contingente simpático, ao passo que a Ereção depende do parassimpático. A Simpatectomia lombar bilateral impede a Ejaculação produzindo o chamado coito seco, ou seja, sem ejaculação, porém não interfere em outras funções preservando plenamente o prazer do ato sexual. A Ejaculação poderá ser mantida e continuar como era anteriormente se o cirurgião não retirar na operação o primeiro Gânglio da cadeia lombar do simpático de, pelo menos, um dos lados. Como a Ereção depende do parassimpático, após a operação este predominará pela retirada de seu oponente simpático. Nesta Circunstância a Ereção será mais regular.
___ , ação medicamentosa, o Alprostadil é medicamento utilizado por via intracavernosa na Impotência neurogênica e Vascular. Há sérias e perigosas contra-indicações, seja nas deficiências de coagulação sangüínea, Insuficiência hepática e nas anemias. Sobretudo, o Paciente deve ser alertado pelo Perigo da Ereção permanecer por mais de quatro horas, ou sentir dor que sugira priapismo, com elevado Risco de Trombose do corpos cavernosos. Esse medicamento, utilizada a via intracavernosa, Causa relaxamento da musculatura lisa da Trabécula cavernosa e a vasodilatação das artérias penianas. Aumentando o fluxo sangüíneo arterial no Corpo cavernoso, dilata e alonga o pênis, a Glande e os corpos cavernosos. O fluxo de escoamento venoso também é reduzido, o que possibilita o Aumento da Resistência venosa. A Papaverina ainda é utilizada com as mesmas restrições e colocando o Paciente em maiores riscos, devido à divulgação mais ampla e sem alerta adequado, quanto aos perigos de sérias Complicações da utilização da via intracavernosa para injeções. (fragmento transcrito de Zanini-Oga - Guia de medicamentos)
Efeitos adversos dos Medicamentos – convém ressaltar o Perigo da Automedicação indiscriminada, que, por sua vez, não é menor do que a interrupção do uso de Medicamentos sem a orientação do médico. Resta lembrar a resposta indesejável, secundária à algumas substâncias, de uso por viciados ou por pacientes em tratamento, que interferem no quadro da impotência, bem como nos problemas afins. Nesse caso, estão o uso abusivo de álcool, cocaína e anfetaminas.
___ “concipiendi”, Sin. Acinesia.
Esterilidade feminina (considerando seu Período fértil).
___ “erigendi”, decorrente da falta de Ereção.
É Forma de Impotência “coeundi”.
___ “immittendi”, Sin. Impotência coeundi.
Incapacidade do homem para ter relação sexual.
___ instrumental, em decorrência de Anomalia (congênita ou adquirida) dos genitais.
___ psíquica, a que se instala por fadiga, medo de falhar e por falta de colaboração da parceira que não sincroniza ou se nega a fazê-lo em certos momentos oportunos.
(ref. CID10) Impotência de origem orgânica, (N48.4)
Pessoa preocupada por impotência, (Z70.1).