Hiperfibrinogenemia

O fibrinogênio, uma glicoproteína de alto peso molecular (340.000 daltons), é um componente essencial na cascata da coagulação. O fibrinogênio (fibrinat + gr. Gennán = produção) ou fator I da coagulação sangüínea é uma proteína plasmática, que por ação da trombina, converte-se em fibrina insolúvel, provocando a coagulação do Sangue. É a mais abundante proteína plasmática envolvida na coagulação sangüínea e representa cerca de 2% do total das proteínas circulantes. O fibrinogênio desempenha papel importante em três processos funcionais, coagulação, Fibrinólise e cicatrização. A partir de levantamentos epidemiológicos, como os de Framingham, Procam e Northwick Park, verificou-se relação entre hipercoagulabilidade e eventos isquêmicos agudos. Um dos mecanismos envolvidos seria o Estado de pró-coagualção presente nas dislipidemias. Especialmente importante na Circulação coronária, na qual a hipercoagulação poderia provocar Trombose no local de uma Placa ateromatosa repentinamente rompida, levando a eventos isquêmicos agudos. Assim, entre as medidas preventivas para a Doença arterial coronária, deve ser incluído o estudo de fatores hemostáticos que predispõem o Estado de hipercoagulabilidade na presença de Dislipidemia. O fibrinogênio é considerado o mecanismo comum pelo qual vários fatores de Risco promovem Doença cardiovascular. Esse mecanismo não está totalmente esclarecido, sabe-se que: 1. A Hiperfibrinogenemia pode promover um Estado de hipercoagulabilidade e favorecer a aterotrombose; 2. Fibrinogênio é o principal determinante de viscosidade plasmática, pode distorcer as hemácias e induzir a agregados reversíveis, limitando a fluidez sangüínea. A alteração da Reologia sangüínea pode reduzir ou alterar a corrente do fluxo, predispondo à aterogênese; 3. Fibrinogênio liga-se aos Receptores das plaquetas, as Glicoproteínas IIb/IIIa e também influencia a velocidade de agregação. Esta agregação libera fatores ativadores, de Crescimento e tromboxane A2; 4. Fibrinogênio é integrado diretamente no endotélio para reparar a Lesão Vascular e a Lesão aterosclerótica. Esses podem provocar Disfunção endotelial, estimular o Crescimento celular, o fator mitogênico e liberar o fator de Von Willebrand; 5. Fibrinogênio e seus produtos metabólicos ligam-se ao LDL colesterol, seqüestram mais fibrinogênio e podem ser um quimiostático do Monócito para o endotélio.
excesso de fibrinogênio no Sangue.