Preconceitos, superando
O médico não poderá jamais esquecer que sua óptica pode ser falha. Ela tem variações decorrentes de seus atributos físicos, profissionais, intelectuais, espirituais, psíquicos, religiosos, legais, além de sua maturidade, competência profissional, Resistência física, coordenação motora, Estado de espírito, preconceitos, idade, coragem, entusiasmo, tenacidade, persistência, dedicação, Capacidade de raciocinar, responsabilidade, fé, tranqüilidade, Higidez e Capacidade de decisão.
Por outro lado, também o médico, como todo ser humano, está Sujeito a ter preconceitos. Contudo, o seu estilo de vida o liberta de muitos já bem arraigados na população. Tal Fato indica que ele terá facilidade para libertar-se de outros. Vou exemplificar com duas hipóteses. Uma faz aflorar o preconceito para com o detento, com resultado até paradoxal. Nos casos de urgência, quando o Criminoso é ferido pela própria vítima ou pela polícia, conforme a natureza do Crime cometido pelo paciente, pode acontecer de o médico, em seu íntimo, sentir um Impulso de discriminação e vir a achar que aquele Paciente não merece o cuidado que daria para o mesmo caso, se tratasse de outra pessoa, o que o levaria a operar o Paciente sem o peso da carga emocional que teria em outras circunstâncias.
Outra hipótese refere-se ao homossexual, ao primeiro Impulso que ele pode vir a suscitar no médico. Em todo caso, quando o médico vier a experimentar emoções que possam afastá-lo do “ótimo” em sua conduta profissional, essa limitação pode e deve ser superada. Esses dois casos referidos são bem ilustrativos desse “treinamento” emocional no exercício da profissão médica. Os demais preconceitos desaparecem com a experiência acumulada através dos tempos.
Na verdade, espera-se que, desde os bancos escolares, ele aprenda que todos são iguais, que o destino não perdoa e que a dor e a Morte não escolhem a classe social, a raça ou o credo.