Patologista clínico (novas competências)
As profundas mudanças ocorridas na prática médica dos últimos anos nos obrigam a uma reflexão a respeito do quanto e de como elas condicionam Alterações nas atividades e competências específicas do patologista clínico. A Capacidade de se adaptar às novas condições de Trabalho pode ser o Fato diferencial entre o êxito e o malogro profissional já nos próximos anos. As características atuais e as tendências desenhadas no horizonte imediato parecem indicar que o médico patologista clínico deverá assumir, o mais rapidamente possível, competências adicionais nas áreas técnico-científica, clínica e administrativo-financeira. De uma Forma geral, o médico que Trabalho no laboratório clínico possui uma formação técnica, conhece a metodologia utilizada para a realização da amairoia dos exames rotineiros, especialmente no que se refere aos seus aspectos operacionais, está familiarizado com dificuldades relacionadas aos fornecedores de insumos e/ou de equipamentos e domina as características dos sistemas analíticos comumente utilizados. Mesmo assim, maiores conhecimentos serão exigidos, tendo em vista a utilização, cada vez mais freqüente, de aparelhos automatizados e integrados a sistemas informatizados. A compartimentalização clássico do laboratório nas grandes áreas de bioquímica, endocrinologia, urinálise, hematologia, imunologia, microbiologia e parasitologia não faz mais Sentido frente a workstations, em que exames de bioquímica, endocrinologia, imunologia e até hematologia passam a ser realizados com a mesma facilidade, praticidade e Qualidade de técnicas. Por esta razão, espera-se que o patologista clínico passe a integrar uma equipe multidisciplinar, desenvolvendo alguma expertise nos sistemas integrados, mais abrangentes. Para tanto, é fundamental que ele possa analisar, criticamente, as potencialidades e limitações de cada um dos equipamentos analíticos, determinar as necessidades específicas do serviço em que atua, prever o impacto que a Implantação do Sistema irá causar e implementar as mudanças que se façam necessárias para o otimização dos recursos disponíveis. Esta Análise crítica apenas poderá ser realizada se o patologista clínico estiver sintonizado com as tendências da Área da Saúde e, em particular, com a participação do laboratório neste contexto. Ele precisar estar devidamente informado sobre as tecnologias emergente se sua real contribuição para a Área diagnóstica. Nem sempre será fácil decidir quando uma determinada rotina deverá ser alterada, incluída em procedimentos automatizados ou mesmo suprimida. É de grande importância que todas as modificações técnicas ocorram de Forma harmônica e sinérgica, evitando-se redundâncias e atritos. Para tanto, o estabelecimento de prioridades e fluxos lógicos é fundamental. Frente à possibilidade de qualquer mudança, o patologista clíncio deve valer-se de indicadores objetivos que expressem, o mais realisticamente possível, as vantagens e limitações da novidade. Não cabem decisões baseadas em emoções ou impressões pessoais, da mesma Forma que não podem ser aceitas atitudes exclusivamente determinadas por razões econômicas. O patologista clínico, que está atuando neste momento, participa da aventura de ver surgir, dia a dia, metadologias novas, equipamentos sofisticados, recursos incríveis. Ele não pode, porém, se permitir aceitar nenhuma novidade como uma Caixa preta, da qual se sinta dependente. As máquinas devem trabalhar para ele, não o contrário. Na própria Área de atuação técnica, temos visto surgirem ou expandirem-se ramos novos ou aplicações inusitadas, como Biologia molecular, genética, Monitorização terapêutica, microbiologia e coagulação. Os conhecimentos básicos destas áreas que eram, há bem pouco tempo, tidos como desnecessários ou de pouca importância para o patologista clínico, transformaram-se, hoje, em ferramentas indispensáveis à realização e interpretação de um grande número de testes diagnósticos. Os sistemas computadorizados assumiram relevância tão grande no dia a dia do laboratório clínico que a informática passou a ser Disciplina obrigatória não apenas para os operadores dos equipamentos, mas também para o médico que analisa a consistência e pertinência dos resultados. Resistir às tentações de decidir apenas considerando as informações dos fornecedores ou das conveniências econômicas imediatas é um dos valores cada vez mais exigidos do patologista clínico. Compatibilizar as pressões para redução de custos operacionais com a Implantação da Qualidade é uma preocupação e um desafio, superado apenas com muito bom senso, espírito Crítico e informação. Em relação às exigências na Área clínica, o patologista clínico desempenha papel relevante como consultor, devendo estar preparado para selecionar os testes mais apropriados, ou seja, os que ofereçam melhor relação custo-benefício para o Diagnóstico e Monitorização de um elevado número de doenças e situações, das quais podem ser citadas doenças hepáticas, neoplásicas, síndromes isquêmicas coronarianas e cerebrais, doenças degenerativas, distúrbios da coagulação, etc. Deve, ainda, o patologista clínico contribuir para o estabelecimento de intervalos de referência para os parâmetros mais habitualmente solicitados para a comunidade que se serve do seu serviço, ratificando ou não os descritos na literatura, tendo em vista possíveis diferenças decorrentes de variáveis, como etnia, sexo, idade, hábitos alimentares, estilo de vida, condições ambientais, etc. É importante que o patologista clínico conheça e possa transmitir os Médicos usuários de seu serviço a Eficácia clínica dos testes disponíveis, esclarecendo quanto às suas potencialidades baseando-se sempre em dados Estatísticos objetivos, como sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo de acordo com a influência das variáveis pré-analíticas. Para exercer efetivamente esta atividade, além dos conhecimentos já referidos, o patologista clínico deve estar acessível e disponível ao clínico, com um Sistema de Comunicação direto, seguro e eficiente. Em situações particulares, deve assumir atitude pró-ativa, tomando a iniciativa de informar ao clínico sobre resultados críticos ou possivelmente espúrios. Nesta mesma linha de atuação, cabe ao patologista clínica garantir meios para que os pacientes sejam previamente informados e instruídos para que os pacientes sejam previamente informados e instruídos para que se apresentem à coleta de amostras em condições que minimizem, o quanto possível, o efeito das variações biológicas e a ocorrência de interferências medicamentosas. Na Área de administração, porém, é que provavelmente sejam necessárias as mais acentuadas modificações de postura e conduta. O patologista clínico deve não apenas aprender a priorizar suas atividades com a finalidade de aproveitar o tempo disponível e obter elevada produtividade, mas é indispensável que ele identifique as tendências e pressões do mercado que possam estar interferindo com sua atividade e, na medida do possível, antecipe-se a elas para superar as eventuais dificuldades que as mudanças promovam, com o Mínimo de perdas e atritos. Ainda que a maioria dos patologistas clínicos não tenha recebido, durante a sua formação, noções de economia e administração, espera-se que eles não só entendam, como apliquem e desenvolvam estratégias de custos e gerenciamento. Conceitos específicos, como break-even point, EVA e MVA, devem ser assimilados e empregados nas atividades diárias como ferramentas de decisão. Para fazer frente a estas adaptações, é importante a freqüência do patologista clínico a cursos regulares, nos quais obterá formação e informação seguras e atualizadas. Alternativamente, é ampla a literatura específica para cada uma das áreas referidas, sendo possível uma razoável atualização, seja via internet, eventos científicos e/ou publicações. [Adagmar Andriolo]
(ref. Classificação Brasileira de Ocupações - CBO 0-61.72) Executa e supervisiona testes e exames hematológico, sorológico, bacteriológico, parasitológico, cropológico, citológico, anatomopatológico e outros, valendo-se de aparelhos e técnicas específicas em laboratório de análises clínicas, para elucidar diagnósticos. Executa e/ou supervisiona os testes cutâneos e/ou mucosos, aplicando substâncias alergênicas e antigênicas, para diagnosticar a Sensibilidade; executa e/ou supervisiona os testes hormonais, fazendo a pesquisa qualitativa e quantitativa de Hormônio pituitário Anterior na amostra de urina, para diagnosticar a gravidez, mola hidatiforme, corioepitelioma e Teratoma dos testículos; supervisiona e/ou executa análises hematológicas, fazendo a contagem específica dos elementos do sangue, por meio de pipetas, quadrilátero de Neubauer, calculador de célula, lâminas e lamínolas de vidro, hemômetro, hemoglobinômetro, fotelômetro, e outros aparelhos, para fornecer Avaliação diagnóstica da composição sangüínea; supervisiona e/ou executa provas funcionais hepática, renal e hipófise-córtico-supra-renal, utilizando técnicas específicas com amostra de Sangue e/ou Urina e comparando os resultados com gráficos de interpretação, para fornecer o Diagnóstico laboratorial de complementação, em Caso de Icterícia catarral e obstrutiva, hepatite tóxica e aguda, Cirrose hepática; Carcinoma do fígado, insuficiências renais e córtico-supra-renais e hipófise-córtico- supra-renais; supervisiona ou executa análises sorológicas, verificando as Alterações no Soro sangüíneo mediante a aplicação de método de floculação e pesquisa de anticorpos específicos formados em conseqüência de determinadas afecções, fazendo a leitura e interpretação diagnóstica, principalmente nos casos de sífilis, para possibilitar o Tratamento adequado; supervisiona e/ou executa exames bacteriológicos, preparando o esfregaço, culturas e lâminas, isolando e identificando bactérias em amostras de transudatos e exsudatos orgânicos, fazendo a leitura microscópica e o Diagnóstico laboratorial, para complementar o Diagnóstico e o Tratamento específico; supervisiona e/ou executa exames citológicos em transudatos e exsu- datos orgânicos, seguindo técnicas específicas, para possibilitar a Identificação das células e complementar Diagnóstico; colhe líquido cefalorraquiano, fazendo a punção lombar ou subocipital, medindo, com manô- metro especial, a Pressão inicial e final do referido líquido, para possibilitar a Diagnose e a terapia; realiza análises rotineiras do líquor, fazendo o exame físico, citológico, químico, as reações coloidais e reação de floculação e de fixação de complemento para sífilis, para fornecer o Diagnóstico provisório; realiza o exame bacteriológico e fixação de complemento para cistecercose, equinococose, Tuberculose e lepra, para fornecer subsídio Diagnóstico ou Avaliação do prognóstico; realiza exames de sangue, usando o método de imunofluorescência, para diagnosticar moléstia de chagas, toxomose, Sífilis e outras; supervisiona a realização dos exames rotineiros de fezes e urina, valendo-se da Observação sistemática, para possibilitar Diagnóstico perfeito; registra as observações e conclusões dos testes, análises e experiências, redigindo relatórios e parecer diagnóstico, para orientar a terapêutica; assume a Responsabilidade pelos resultados dos exames realizados, assinando os laudos para dar maior segurança aos requisitantes; organiza tabela de leitura de fotocolorímetro, comparando as reações e estabelecendo valores, para facilitar o Diagnóstico laboratorial; controla a Qualidade dos exames realizados, utilizando amostras previamente conhecidas e comparando os resultados com os anteriores, para verificar a Eficiência da Técnica e manter o padrão do serviço; programa e desenvolve o Treinamento em serviço para o pessoal da equipe de laboratório, avaliando as necessidades e os níveis de trabalho, para induzir o pessoal recém-admitido ao aprimoramento, introduzir novas técnicas e melhorar o serviço; requisita o material, equipamentos e aparelhos de laboratório, especificando-os por Tipo e quantidade, para assegurar a regularidade dos serviços; executa exames anatomopatológicos em amostras de tecidos humanos, fazendo a fixação, o Corte e a leitura microscópica e a Identificação das células, para fornecer o Diagnóstico laboratorial, principalmente em casos de Câncer. Pode supervisionar e/ou executar provas bioquímicas de sangue, Líquor e outros elementos, fazendo a desproteinização dos mesmos e as dosagens específicas, comparando os resultados das dosagens e determinações com tabelas de valores das constituintes do sangue, para emitir a conclusão diagnóstica.
___ (medicina veterinária), (Nº da CBO: 0-65.30) Realiza pesquisas sobre a natureza, as causas e o desenvolvimento das doenças dos animais, analisando resultados de testes e exames e observando o efeito de medicamentos, para estudar métodos eficazes para o Tratamento das referidas moléstias. Efetua análises de amostras de líquidos e tecidos dos animais, realizando estudos de laboratórios, para determinar a natureza das doenças; estuda o efeito de certos Medicamentos sobre o organismo animal, analisando os resultados, para descobrir métodos eficazes de Tratamento para cada Caso; faz autópsias, aplicando técnicas científicas na Abertura do corpo, para estudar as causas da morte, a natureza da Doença e o Tipo de Tratamento a ser recomendado, conforme o Caso.