Miocardiopatia isquêmica

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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(CID10 – I25.5) Deficiência no desempenho contrátil do Coração em uma Área localizada decorrente da redução do fluxo Cardíaco. A alteração da contratilidade em uma região do Miocárdio leva a Contração assinérgica. A motilidade paradoxal, inchaço sistólico ou discinésia, na zona isquêmica central, Contração reduzida (acinésia ou hipocinésia) na Área adjacente e hiperfunção; compensatória do Miocárdio Normal. Esta última mediada em Parte pela estimulação adrenérgica e mecanismo de Frank Starling muitas vezes consegue manter a Função global do Ventrículo esquerdo. O conhecimento de conceitos básicos sobre a Etiologia e a fisiopatologia da Cardiomiopatia isquêmica é fundamental para Poder diagnosticá-la clinicamente, através de métodos de Identificação de Viabilidade miocárdica, assim como escolher a melhor Forma de Tratamento. No Miocárdio atordoado há dissorciação entre fluxo coronário e Função contrátil, isto é, o fluxo está Normal e a Função reduzida, enquanto que no hibernado ambos estão diminuídos. Entretanto, pode haver coexistência de áreas de Miocárdio normal, atordoado, hibernado e necrótico, em um mesmo paciente, dependendo do número de infartos prévios e da distribuição e do grau das artérias coronárias comprometidas. Nos pacientes com Doença arterial coronária, a Cardiomiopatia isquêmica resulta em freqüentes hospitalizações ou mesmo Morte. Além disso, os pacientes com Cardiomiopatia isquêmica grave têm alta mortabilidade quando tratados clinicamente, com sobrevida em dois anos ao redor de 31% e, sendo uma das indicações para o transporte Cardíaco. A miocardiopática isquêmica pode decorrer da Falência miocárdica por extensas áreas de Infarto ou por regiões de Miocárdio hipocontrátil devido à hiperfusão crônica sem Necrose. A presença de Miocárdio viável poderá favorecer a indicação para revascularização miocárdica, impedindo evolução para Aumento da Área necrótica e conseqüentemente piorando a Função ventricular, havendo assim necessidade de indicação para transplante Cardíaco. Portanto, a Identificação correta da condição de Viabilidade miocárdica constitui elemento de importância quanto ao Tipo de terapêutica a ser adotada: transplante cardíaco, revascularização miocárdica ou ressecção de áreas aneurismáticas fibróticas. A reperfusão precoce no Infarto Agudo do Miocárdio reduz a extensão da necrose, melhora a Função ventricular e, conseqüentemente influencia favoravelmente a sobrevida tardia destes pacientes. A Viabilidade na Insuficiência coronária aguda não se reduz na mesma velocidade de sua Função contrátil. Assim, a reperfusão pode induzir a recuperação de áreas viáveis que se mostravam paradoxamente acinéticas. Por outro lado, na Doença isquêmica crônica, podem ocorrer deficiências severas da contratilidade por períodos de tempo tão longos quanto dias e meses, porém pode ser recuperada a Capacidade contrátil pelo restabelecimento do fluxo coronário. Além disto, a melhora da Função ventricular, após a revascularização cirúrgica, associa-se a considerável Aumento de sobrevida, confirmando que o Músculo de Fato era viável. Resulta daí a importância em distinguir-se o Miocárdio isquêmico com déficit contrátil daquele já comprometido por Tecido fibroso.