Improvisação perigosa

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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É conveniente lembrar o quanto não é aconselhável improvisar-se em medicina. Quando não se conhece corretamente um procedimento, seja pelo estudo ou pelo acompanhamento de Tratamento feito pelos Médicos experientes, não se deve inventar qualquer novidade, mesmo que à primeira vista pareça lógica. Há situações em que o médico, não dispondo de meios, tenta improvisar uma Solução. Não se trata de boa situação. Procedimentos dessa natureza ocorrem em Cirurgia de urgência quando o Órgão ou estrutura lesada não é do domínio do cirurgião, seja por falta de material, ou porque ele se depara com uma Doença silenciosa ou, ainda, porque ocorreram Complicações em outras áreas fora de seu domínio de conhecimento. A improvisação é, o mais das vezes, perigosa, pois nada mais costuma ser do que repetição de erros antigos, tornando-os crassos. Para ilustrar, relato o Caso de um Ferimento inciso de Artéria femoral, a que o cirurgião que prestou o primeiro atendimento, localizando os dois cotos separados sangrantes, ao invés de simplesmente pinçá-los para estancar a hemorragia, teve a imaginação de introduzir um Segmento de Tubo plástico para estabelecer conexão entre ambos, na pretensão de manter o fluxo sangüíneo até o Paciente chegar às mãos de um especialista. Essa improvisação resultou em Lesão extensa do endotélio em que o plástico foi introduzido, complicando o Caso. Em questão de Erro médico casos como esse são considerados como Imperícia médica.