Grupo étnico
Fator geral de Variação.
(ref. Comportamento do Paciente) Os grupos étnicos apresentam características peculiares muito vinculadas à tradição, que os levam, ocasionalmente, à mesa cirúrgica. É de se lembrar os amarelos que praticam o arakiri. É interessante relatar que, nesse grupo, a Tentativa de suicídio sem êxito é vexatória e eles se preocupam muito com cicatrizes cirúrgicas que, se expostas, passam a aparentar terem sido tentativas. Assim, eles relutam em aceitar a tireoidectomia com a Incisão habitual para que não haja qualquer dúvida, posteriormente, quando tal Cicatriz for vista pelos seus patrícios. Assim, pedem que o cirurgião faça uma Incisão longitudinal mediana. Dentre os negros africanos, há tribos que praticam a Circuncisão feminina cruenta para evitar o orgasmo da mulher.
___ evita as expressões cor ou raça, como em outros domínios da investigação científica, também na pesquisa médica a amostra representa um Instrumento da mais alta importância. Todavia, é necessário que a sua Constituição se faça de acordo com certos critérios que lhe garantam o mais alto grau de confiabilidade possível. Ela deve representar fidedignamente o universo que se pretende estudar e, portanto, tirar conclusões a ele referentes. A Qualidade científica da amostra pode ser comprometida se for dado um Tratamento inadequado aos chamados fatores de interferência. É fundamental que se encontre um meio de isolar esses fatores de Forma rigorosa. Para tanto, importa que certos critérios orientem a Constituição dos grupos para estudo. Quando ocorre de o homem ser o elemento constitutivo do grupo, o pesquisador deve elaborar a Análise do problema considerando certas referências, que são os chamados fatores gerais de Variação: sexo, idade, Tipo constitucional e Grupo étnico. É do Grupo étnico que julgamos necessário tratar aqui. Por vezes, essa expressão vem substituída pelos termos raça, cor, como se fossem sinônimos, o que não só gera uma grande confusão para o leitor dessas publicações, de modo geral, como também é altamente deseducativo para o próprio médico, que, embora possa não estar diretamente envolvido com a pesquisa, utiliza os resultados dela. Rigorosamente falando, o termo raça não tem qualquer Base científica. Historicamente prestou-se à elaboração de ideologias, segundo as quais alguns são, por sua Constituição Genética ou biológica, superiores aos outros. Bem antes dessa deturpação conceitual encontrar em Gobineau e em Chamberlain seus mais ferozes representantes, e no nazismo a mais sofisticada e perversa aplicação de tal preconceito, germes dessa Ideologia puderam ser claramente detectados no sentido, na idéia e na prática do anti-semitismo. Na verdade, o grande problema, na prática, consiste em demarcar a fronteira entre os diferentes domínios desses dois termos – raça e racismo, entre a utilização não ideológica do termo raça e a Derivação do mesmo para racismo. O Risco de ultrapassagem indevida deve ser apontado, uma vez que o cientista tem compromisso com a verdade, não com interesses, preferências ou ideologias. Contudo, importa acrescentar que o termo raça não deixa de ter alguma utilidade no campo da Antropologia e pode ser Empregado à medida de sua aptidão para fornecer um esquema zoológico que abranja os vários grupos do gênero humano. Como lembra Nicola Abbagnano, “a palavra (raça) deve ser aplicada exclusivamente aos grupos humanos dotados de diferentes características físicas que podem ser transmitidas hereditariamente. Tais características são, principalmente, a cor da pele, a altura, a conformação da Cabeça e do rosto, a cor e a Qualidade dos cabelos, a cor e a Forma dos olhos, a Forma do nariz e a estrutura do corpo” (Dicionário de Filosofia – Racismo). À luz dessa perspectiva, a tradição tem distinguido três grande raças – branca, amarela e negra, respectivamente, caucásica, mongólica e negróide. Transpondo a questão para a realidade brasileira, e considerando agora o problema no que diz respeito à cor de pele, verifica-se que a grande miscigenação existente entre nós dificulta muito a Constituição de grupos sem mistura. De fato, temos mestiçagem entre índios e brancos (mamelucos), negros e índios (cafuzos), brancos e negros (mulatos). De qualquer forma, é de boa regra substituir os termos raça e cor de Pele pela expressão grupo étnico, embora aquelas palavras sejam comumente utilizadas e empregadas indiferentemente pelos autores. O pesquisador estará evitando ambigüidades terminológicas e atendendo às exigências do rigor e precisão técnicas, requisitos de primeira ordem para garantia da Qualidade do Trabalho científico.