Bronzeamento da pele
Durante o verão milhões de pessoas buscam as praias e piscinas, menos para se refrescar do que para bronzear a Pele. A Periculosidade da longa exposição da Pele à Radiação solar é muito maior do que se imagina, especialmente se se leva em conta que seus efeitos nocivos se estendem desde a aceleração do enrugamento da Pele até o desencadeamento de carcinomas cutâneos. Esses efeitos são causados quase inteiramente por Radiação ultravioleta de comprimento de onda entre 280 e 320 nanômetros (ultravioleta B, ou UV-B). A Periculosidade da Radiação de comprimento de onda de 320 a 400 nanômetros é apenas 1/1000 da dos UV-B. A Radiação de comprimento de onda abaixo de 280 nanômetros (UV-C) é ainda mais danosa para a Pele mas, felizmente, é quase toda absorvida pela atmosfera, graças à camada de ozona. O Sol emite muito menos Radiação ultravioleta do que luminosa (apenas 0,7% da energia total do Sol é emitida como UV-B). Embora a quantidade de UV-B produzida pareça ter sido constante ao longo de muitos milhões de anos, a quantidade que atinge a Terra é muito variável, especialmente por Causa da inclinação da posição aparente do Sol no céu. De fato, quando o Sol está a pino a Radiação atravessa apenas uma massa atmosférica (espessura Vertical da atmosfera) mas quando se encontra à altura do horizonte a Radiação atravessa cerca de 40 massas atmosféricas, reduzindo correspondentemente a Radiação que atinge o solo. Na alta atmosfera (entre 15 e 30 km de altitude) o Oxigênio absorve Radiação da faixa de ultravioleta e pode gerar moléculas de ozona (O3), impedindo que essa Radiação chegue livremente ao solo. Quando o Sol se encontra próximo do horizonte a redução da penetração da Radiação é muito maior, o que explica a Dificuldade de alguém se bronzear expondo-se à luz solar de manhã bem cedo ou no fim da tarde. À latitude de Paris, por exemplo, o Sol encontra-se em uma posição inclinada de quase 30o ao meio-dia durante o inverno porém sobe a cerca de 75o (quase a pino) em pleno verão. Por isso, o tempo de que uma Pessoa necessita para, no pico do inverno nessas latitudes, obter um bronzeamento Equivalente à exposição de apenas um minuto no meio do verão é de cerca de 6 horas. Portanto, no pico do verão a Capacidade de Bronzeamento da pele exercida pelo Sol é 360 vezes maior do que no Ápice do inverno. Nas regiões equatoriais o Sol desloca-se (aparentemente) próximo do zênite o ano todo dentro de uma faixa estreita, com largura de 18o, o que torna o bronzeamento (e as queimaduras) mais rápido do que nas zonas temperadas e frias. Além disso, nas faixas equatoriais a atmosfera tem cerca de 25% menos ozona do que nas temperadas e frias, o que também facilita o bronzeamento e as queimaduras. Nas regiões montanhosas a camada de ar é menor do que ao nível do mar; por conseguinte, o bronzeamento e as queimaduras também são mais rápidos do que ao nível do mar em regiões frias e temperadas. As roupas dos astronautas que saem das naves têm que absorver poderosamente a Radiação ultravioleta B; sem essa proteção (e no espaço sem a atmosfera terrestre para os proteger) eles se bronzeariam em apenas 10 segundos o Equivalente ao efeito provocado por exposição ao Sol durante quase 56 minutos em uma praia do Rio de Janeiro. Na Órbita de Mercúrio esse efeito ocorreria em apenas 1 segundo. CÉsar Timo-Iaria