Acompanhante
(ref. Comportamento do paciente) o Acompanhante entre nós participa ativamente da Assistência ao doente dentro do Hospital. Embora seja Direito do Paciente ter um Acompanhante nos hospitais públicos, não há Viabilidade efetiva, conquanto, sempre que seja possível, esse conforto seja propiciado ao doente. Ressalte-se a importância da presença da mãe da Criança internada. O Paciente necessita de Afeto e o Isolamento hospitalar representa para ele mais um fator de Agressão. Ele sente necessidade da presença de seus familiares. É interessante tal faceta da psicologia de nosso povo. Muitas vezes ele sente segurança com a presença de uma Pessoa com a qual no cotidiano tem freqüentes entreveros. É Comportamento perfeitamente compreensível diante da complexidade da mente humana e dos seus emaranhados mecanismos de manifestações de Afeto. Aliás, na verdade, talvez, o ódio até una mais do que o próprio Amor. O ódio, em seus diversos matizes e com suas múltiplas formas, separa e une ao mesmo tempo, enquanto o Amor apenas une. Dessa maneira, talvez se possa entender que mesmo com a presença de um desafeto numa hora de dor e de sensação de Morte iminente, a Dose de sentimento, - seja de Afeto ou contrário -, satisfaça as necessidades do Paciente.
A presença de um Acompanhante é às vezes necessária, porém, em outros países, como por exemplo nos Estados Unidos, ela não tem razão de ser. O Paciente não quer a presença de ninguém a devassar sua intimidade num momento em que ele se sente vulnerável, fraco ou em situação de inferioridade. Alguns doentes sentem-se muitos gratificados e chegam a medir seu prestígio pelo número de cartões de cumprimentos que recebem. É Hábito afixar tais impressos na Parede ao lado de seu leito e ele não esconde um grande sorriso se há referência ao número de amigos que possui.
Do ponto de vista do paciente, cabe um comentário sobre o Comportamento dos familiares. Os parentes próximos, que participam da vida do Paciente e que não têm qualquer sentimento de Culpa em relação a ele ou à Doença pela qual está internado, costumam comportar-se normalmente visitando-o com freqüência, indagando ao médico e à Enfermagem coisas naturais, desejando saber como está o doente, como passou, qual o prognóstico. Entretanto, o Comportamento costuma ser diferente por Parte dos que ou estão sempre ausentes ou se omitiram nas obrigações familiares. Estes costumam ser críticos e reclamam de tudo e de todos. Talvez seja esta a maneira que encontram para defender-se e mostrar publicamente que são mais zelosos e que, até nas mínimas coisas, estão atentos.