Hipóteses diagnósticas
Destaque especial deve ser dado à necessidade de se fazer um Diagnóstico para se estabelecer a conduta. É paradoxal que neste livro se admita que o médico, particularmente o cirurgião, possa errar o Diagnóstico mas não a conduta. O certo é aventar algumas Hipóteses diagnósticas e partir para sua elucidação.
Como tenho dito, é inconcebível o Fato corriqueiro de haver a indicação cirúrgica: Laparotomia exploradora. Tal Procedimento é proscrito. O cirurgião dever fazer Diagnóstico de probabilidade e estabelecer sua hierarquia para iniciar os procedimentos.
Acredito que procurar fazer o Diagnóstico força o raciocínio do cirurgião e o obriga a um exame mais apurado. Admitido tal procedimento, ele estabelecerá a conduta coerente e não terá constrangimento e nem Dificuldade em fazer uma Incisão e abordar o Órgão. Uma vez comprovada Higidez do órgão, ele deverá fechar a Parede e fazer nova Incisão de acordo com a segunda alternativa de Diagnóstico. Pacientes com quadro clínico típico de apendicite aguda, mas que tenham uma História muito antiga de Úlcera péptica podem levar a tal Procedimento. O cirurgião deve iniciar por uma via de acesso ao Apêndice. Caso não o encontre, doente deverá já estar preparado para tratar a segunda Doença na hierarquia. A última via de acesso deverá ser planejada para permitir exame de toda a Cavidade abdominal. Ele não pode fechar a Parede abdominal sem ter a certeza de que todas as alternativas diagnósticas foram descartadas.
Os fatores humanos em prática clínica são múltiplos, complexos e interligados.