Iatrogenia

Palavra composta, vem do grego: iatrós (médico) + genos (geração) + ia. Assim, trata-se de expressão usada para indicar o que é causado pelo médico. Numa visão abrangente, ela se refere não só ao que ocorreu pelo que o médico fez, como também pelo que deixou de fazer e deveria ter feito. Cite-se nessa altura o artigo de José Rodrigues Louzã e Marco Segre sobre a matéria. Uma vez conceituado o que seja iatrogenia, torna-se fácil evidenciar a existência de três tipos: no primeiro enquadram-se as lesões previsíveis e também esperadas, pois o Procedimento proposto implica resultado com Seqüela. No segundo, agrupa-se o resultado previsível, porém inesperado para o caso, mas que decorre do Perigo inerente a todo e qualquer Procedimento. Ele ocorre em todos os graus, do nulo ao óbito. No terceiro, encontram-se os resultados decorrentes de falhas do Comportamento humano no exercício da profissão, falhas passíveis de suscitar o problema da Responsabilidade legal do médico. Knecht, citado por José Rodrigues Louzã e Marco Segre, atribui aos Médicos e seus auxiliares serem iatrogênicos em maior ou menor grau pelo que dizem e não dizem e pelo que fazem ou deixam de fazer. Trata-se, pois, de uma Concepção abrangente, pois envolve, além do médico, também os demais profissionais da Área da Saúde. Todos podem ser rotulados como iatrogênicos pelo que fazem ou dizem, ou até mesmo pelo que deixam de fazer e de dizer ao doente ou a seus familiares. É conveniente ficar bem claro que, uma vez aceito o referido conceito, entendeu-se também como iatrogênica toda Cirurgia mutiladora.