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O médico preocupa-se muito com os ''efeitos colaterais dos medicamentos, ''a tal ponto que sempre analisa os fatos, seja na vida acadêmica ou mesmo no cotidiano, tendo em vista esse aspecto. Publicação com esse título, na Folha de 25.02.96, leva-me a tecer algumas considerações. A valorização do pesquisador pelo número de vezes que seu nome aparece na literatura foi muito enfatizada quando Eugene Garfild relacionou 50 autores mais citados, pretendendo prever quem receberia o [[Prêmio Nobel]]. Em sua lista estavam Lowry com 2921 citações depois, Chance - 1575; Landau - 1174; Brown - 1150; Pauling - 1063; Gellmam - 942 e outros, dos quais 12 já haviam sido premiados por ocasião da publicação da lista. A reação adversa foi o aparecimento do ''Clube dos Autores, ''entidade imaginária de fomento à citação recíproca. A publicação da lista dos improdutivos pela Folha, provocou uma reação indesejável tupiniquim pois incrementou, entre os autênticos improdutivos, a pirataria acadêmica e desencadeou um [[Surto]] de parasitismo intelectual (Folha, 12.ago.92 3:2 e Folha 18.set.92, 3:2). Muitos''' '''jovens pesquisadores foram vítimas, ganharam co-autores em suas publicações. Chefes e chefetes, pelo [[Abuso]] do poder, ''penduraram ''seus nomes nas publicações dos jovens. Repare o leitor o número de co-autores que aparecem nas publicações definitivas das Dissertações de Mestrado e, das Teses de Doutorado. Não são trabalhos individuais? Como então são publicados com numerosos co-autores? Aí está a confirmação do [[Diagnóstico]] desse [[Tipo]] de parasitismo que corrói a propriedade intelectual.