Crânio

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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Nomina Anatômica (ref. Esqueleto axial) contingente ósseo da Cabeça constituído de: Cavidade do crânio, Calvária (norma vertical), Norma facial, Norma lateral, Norma Basilar (base externa do crânio), Norma occipital, Base interna do crânio, Fontículos do crânio.
Malformações - deformidades do Crânio.
Causas: cerebrais, meníngeas ou de desenvolvimento dos ossos.
Origem encefalia: Microcefalia e Macrocefalia.
Origem óssea: escafocefalia, acrocefalia, platicefalia, Trigonocefalia e Plagiocefalia.
Medidas - Sin. craniometria.
Parte da Antropologia.
Estuda a média [forma e volume] do Crânio.
Diâmetros cranianos, índices cefálicos e Vertical do Crânio.
___, teoria vertebral do, uma vértebra, apreciada em separado, tem um Corpo e dois pares de prolongamentos, formando arcos, sendo um Anterior ou VentralArco visceral – e outro Posterior ou DorsalArco neural. A série dos corpos vertebrais considerados, colocados uns sobre os outros, resultará em um Eixo. O conjunto dos arcos viscerais formará a Cavidade visceral, enquanto o dos arcos dorsais, a Cavidade neural. Esta contém o Sistema nervoso central, cujo desenvolvimento, em sua extremidade Superior determinará modificações no Esqueleto. Embriologicamente, pode-se dizer que, numa fase muito primitiva, haja homologia, ou seja, equivalência de Forma entre os ossos da coluna vertebral e aqueles que constituem, no adulto, o Esqueleto cefálico. Tais modificações, observadas nesse Segmento da coluna vertebral, relacionam-se diretamente com a evolução e Crescimento de seu conteúdo. Assim, o Encéfalo condiciona o Esqueleto que o contém a um desenvolvimento adequado para envolvê-lo. No homem, bem como em alguns animais superiores que têm, também, o Sistema nervoso desenvolvido, os arcos dorsais das vértebras primitivas afastam-se para formar a Cavidade neural. Para completar a abertura, assim estabelecida, surgem ossos de origem membranosa. Esse Fato não ocorre nos animais inferiores com Cérebro pequeno. Goethe, em 1790, elaborou a chamada teoria vertebral do Crânio. Confidenciou-a, em cartas particulares, a Oken, que as guardou durante vinte anos, divulgando-as depois, como idéias próprias. Essa teoria foi arquitetada em torno da idéia de ser o Crânio constituído de tantas vértebras modificadas quantas são suas peças. Certas particularidades, como ocorre no Osso occipital, induzem ao fácil entendimento de sua analogia com vértebra, ou seja, o Occipital tem Função Equivalente à de uma vértebra. A Base desse Osso em tudo se assemelha a uma verdadeira vértebra – é uma vértebra modificada. A Corda Dorsal do Embrião corresponde à coluna primitiva; suas marcas estão nos corpos vertebrais e seus resquícios embrionários, persistentes no adulto, correspondem ao Núcleo pulposo dos Discos intervertebrais. Embora possa haver uma linha de analogia imaginária ao longo de toda a coluna vertebral até o Dorso da sela túrcica, no esfenóide, daí para cima os Ossos do crânio não são mais homólogos às vértebras, esvaece a semelhança. O Esqueleto deixa de ser metamerizado, mas continua segmentado. O estudo do Embrião oferece elementos que permitem estabelecer Limite entre a Parte metamerizada e a segmentada. Se por um lado uma revisão autogenética permite esse raciocínio também, a Filogênese propicia outros elementos sugestivos de sua veracidade. Assim, a Anatomia comparada mostra nos animais superiores, por serem dotados de maior vida de relação, maior desenvolvimento do Esqueleto ósseo ao redor do Sistema nervoso central, em detrimento das dimensões do Esqueleto da Face. Essa visão é mais evidente quando se comparam os ossos da Cabeça do homem com os de certos macacos. O Crânio no homem possui uma porção metamerizada adquirida secundariamente. Em teoria, o Embrião evolui da seguinte Forma: o Crânio primitivo, sendo insuficiente para conter o encéfalo, tão desenvolvido no homem, necessitou englobar certos ossos vizinhos para ampliar-se. As vértebras da porção Superior da coluna foram assim incorporadas. O Crânio adquiriu entào uma porção, provinda das vértebras modificadas, situadas acima da vértebra Atlas. A Cúpula craniana é fechada por outro contingente de ossos neoformados. Nos animais inferiores o Neurocrânio se reduz ao paleocrânio, enquanto no homem, além deste, há ainda o neocrânio. O contingente pertencente ao paleocrânio é essencialmente segmentado, e satisfaz a teoria vertebral do crânio, ao passo que o neocrânio tem uma porção vertebral secundariamente adquirida – Occipital – e outra não vertebral – Cúpula craniana – de origem desmal. O Osso occipital compõe-se, no mínimo, de duas peças vertebrais. A abóboda craniana tem uma porção secundariamente formada. O primitivo Neurocrânio é, no princípio, de origem exclusivamente cartilagínea, por ser formado pela coluna vertebral modificada em sua Parte superior, que persiste nesse estado, nos animais inferiores onde o Condrocrânio é suficiente para conter o Encéfalo. Nos animais mais evoluídos, que apresentam Aumento do encéfalo, aparecem ossos de origem membranosa, constituindo o desmocrânio, em quase totalidade, a calota craniana.
(ref. CID10) Achados anormais de exames para Diagnóstico por imagem do Crânio e da cabeça, (R93.0)
Anomalia congênita sem outra especificação do crânio, (Q75.9)
Ausência congênita de ossos do crânio, (Q75.8)
Depressões dos ossos do crânio, (Q67.4)
Doença de Paget do crânio, (M88.0)
Fratura da abóbada do crânio, (S02.0)
Fratura da Base do crânio, (S02.1)
Fratura do Crânio e dos ossos da face, (S02)
Fratura do Crânio ou dos ossos da face, Parte não especificada, (S02.9)
Fusão imperfeita do crânio, (Q75.0)
Hiperostose do crânio, (M85.2)
Lesão por Esmagamento do crânio, (S07.1)
Neoplasia benigna de Ossos do crânio e da face, (D16.4)
Transtorno do nono par craniano, (G52.1)
Transtorno do primeiro par craniano, (G52.0)
Transtornos do décimo segundo par craniano, (G52.3).