Embolia

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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F. gr. embolè, inserção
Obstrução brusca do fluxo de uma vaso por um Corpo estranho que se desloca na correnteza.
A manifestação clínica vai depender do vaso onde o Fenômeno ocorre, e da natureza do Êmbolo.
___ arterial, Obstrução súbita de uma Artéria pelo Deslocamento de Corpo estranho, na corrente sangüínea.
O Corpo estranho referido pode ser: um fragmento de Trombo que se desprende do Átrio esquerdo, durante períodos de fibrilação, nos pacientes com moléstia mitral, segmentos de trombos recentes desprendidos do local de tromboses arteriais, microtrombos ou partículas de ateromas que se soltam dos ateromas ulcerados ou, ainda, trombos desprendidos de aneurismas. Estes podem se constituir em focos de embolias múltiplas. Raramente, em condições especiais de diminuição abrupta da Pressão atmosférica, o Nitrogênio do ar dissolvido no Sangue pode libertar-se, produzindo o Aeroembolismo. Além dessa embolia, cuja origem está dentro do Sistema arterial, há também as de Causa externa como a Embolia gasosa, nos grandes ferimentos do pescoço, ou a iatrogênica pela injeção de ar no decorrer das carótido-angiografias.
___ linfática, Deslocamento de Corpo estranho, em territórios do Sistema linfático, causando obstruções.
O problema costuma ficar restrito a zonas endêmicas, geralmente tropicais.
A Filariose e a Triquinose são exemplos.
A primeira ocorre no Nordeste do Brasil sendo responsável por muitos casos de Linfedema e até mesmo de Elefantíase.
___ paradoxal, Embolia de uma artéria, por Êmbolo provindo do território venoso no Caso de Persistência do orifício de Bolalo, no Septo interatrial.
O Êmbolo venoso provindo de uma veia, por exemplo Veia pélica, chega ao Átrio direito, atravessa o Septo interatrial pelo orifício congênito, que não se fechou, passa ao Ventrículo esquerdo, e, pela aorta, chega às artérias parando naquelas de calibre menor por seu diâmetro. Todo esse percurso implica contatar com múltiplas emergências arteriais, que podem Responder com Espasmo a essa passagem do Êmbolo.
(ref. CID10) Embolia aérea pós-procedimento, (T81.7)
Embolia aérea subseqüentes à infusão, transfusão e injeção terapêutica, (T80.0)
Embolia amniótica, (O88.1)
Embolia arterial periférica, (I74.4)
Embolia da Artéria coronária não evoluindo para o Infarto do miocárdio, (I24.0)
Embolia da Artéria renal, (N28.0)
Embolia da Veia coronária não evoluindo para o Infarto do miocárdio, (I24.0)
Embolia de origem obstétrica, (O88)
Embolia e Trombose arteriais, (I74)
Embolia e Trombose da Aorta abdominal, (I74.0)
Embolia e Trombose da Artéria ilíaca, (I74.5)
Embolia e Trombose de Artéria não especificada, (I74.9)
Embolia e Trombose de artérias dos membros inferiores, (I74.3)
Embolia e Trombose de artérias dos membros não especificadas, (I74.4)
Embolia e Trombose de artérias dos membros superiores, (I74.2)
Embolia e Trombose de outras artérias, (I74.8)
Embolia e Trombose de outras porções da Aorta e das não especificadas, (I74.1)
Embolia e Trombose de outras veias especificadas, (I82.8)
Embolia e Trombose de Veia cava, (I82.2)
Embolia e Trombose de Veia renal, (I82.3)
Embolia e Trombose venosas de Veia não especificada, (I82.9)
Embolia gasosa (traumática), (T79.0)
Embolia gasosa de origem obstétrica, (O88.0)
Embolia gordurosa (traumática), (T79.1)
Embolia gordurosa de origem obstétrica, (O88.8)
Embolia mesentérica arterial, (K55.0)
Embolia mesentérica venosa, (K55.0)
Embolia obstétrica por coágulo de sangue, (O88.2)
Embolia ou Trombose de membros inferiores sem outra especificação, (I80.3)
___ pulmonar, (I26) Desprendimento de Trombo de veias, geralmente da Pelve ou membros inferiores, que obstruem a Artéria pulmonar ou seus ramos.
É comum ser esta complicação a primeira manifestação da Trombose venosa, pois, no início do processo, o Trombo não está bem fixado e se desprende com muita facilidade, e o caminho natural é a Rede capilar pulmonar.
O quadro clínico depende da quantidade de Trombo desprendida. Pequenos êmbolos, atingindo o pulmão, podem determinar dor torácica, Dispnéia e, eventualmente, hemoptises. O quadro clínico pode confundir-se com o de Isquemia miocárdica, bronquite, pneumonia, Pleurisia.
Grandes êmbolos podem levar o Paciente à Morte súbita.
O Diagnóstico é feito pela determinação dos gases sangüíneos arteriais, pela Eletrocardiografia e pelo exame radiológico do Tórax. De per si, a baixa Pressão de O2, os transtornos de ritmo Cardíaco e outras Alterações elétricas do coração, que lembram Isquemia do miocárdio, e infiltradas de pneumonites ou atelectasias não garantem o Diagnóstico de Embolia pulmonar.
A gamografia, feita pela perfusão pulmonar com radioisótopos, pode corroborar no Diagnóstico.
A Arteriografia pulmonar é o melhor exame para confirmar ou afastar o Diagnóstico. Este exame deverá ser feito precocemente, pois, quanto mais retardado for sua indicação, mais falsos negativos ocorrem.
Profilaxia: a melhor Prevenção da Embolia pulmonar é o Tratamento precoce da Trombose venosa profunda, uma vez que, rarissimamente, a Flebite Superficial produz Embolia. Embolias recidivantes ocorrem muito raramente mas, em tais circunstâncias, a Prevenção cirúrgica se impõe. Os diversos procedimentos cirúrgicos consistem na interrupção total ou parcial dos vasos que levam o Êmbolo ao pulmão. Como a Veia cava é a via final comum, torna-se o ponto eleito para interromper o trânsito do Êmbolo.
Os mais simples tratamentos são: 1) ligar a Veia acima da Trombose ou à própria Veia cava inferior, imediatamente abaixo das veias renais, 2) dar alguns pontos de maneira a tecer cirurgicamente uma rede, ou simplesmente estreitar a Veia cava com alguns pontos separados. Além desses métodos, há o recurso de pinças colocadas externamente, estrangulando a Veia cava em vários pontos, de maneira a deixar alguns pertuitos. Outras peças mais engenhosas podem ser introduzidas pela Jugular na luz da Veia cava. Elas se assemelham a guarda-chuvas, se prendem como anzóis à Parede do vaso e retêm eventuais êmbolos antes de chegar ao pulmão.
Embolia pulmonar com menção de Cor pulmonale agudo, (I26.0)
___ pulmonar recidivante, a repetição de Fenômeno embólico, no decorrer de um Tratamento Anticoagulante adequado, impõe a interrupção da Veia cava Inferior.
Estes pacientes devem ser submetidos previamente à Arteriografia pulmonar, para confirmar o diagnóstico, e à cavografia, para estudar as condições anatômicas, antes do ato operatório, evitando assim a surpresa de encontrar variações.
Embolia pulmonar sem menção de Cor pulmonale agudo, (I26.9)
Embolia pulmonar sem outra especificação, (I26.9)
Embolia séptica de seios venosos e veias intracranianos ou intra-raquidianos, (G08)
Embolia séptica ou piêmica de origem obstétrica, (O88.3)
___ venosa, (I82.9) Os trombos das veias profundas, mais que nas superficiais, podem, nas fases iniciais, se desprender e irem para os Pulmões.
É chamada Embolia pulmonar.
Infarto cerebral devido a Embolia de artérias cerebrais, (I63.4)
Infarto cerebral devido a Embolia de artérias pré-cerebrais, (I63.1)
Outras embolias de origem obstétrica, (O88.8).